anjos

como espiritualista, não acredito na morte. morte no sentido de aniquilamento, fim, vazio. para mim, tudo no universo é dinâmico, tudo é vida, transformação, movimento. não vejo sentido em tanta perfeição e beleza nos seres humanos e no universo se o único propósito é o fim irremediável.

acredito que a existência material é só uma gota na vastidão oceânica da vida. mas ficamos tão embotados, tão iludidos por esse momento que esquecemos que há muito mais a descobrir e fazer, que nos limitamos ao papel de carcaças ambulantes que falam e andam. que desperdício: somos tão mais especiais, somos eternos. não nos damos conta de que nosso compromisso é com a felicidade e só cabe a nós avançar ou entravar essa marcha. nesse caminhar, somos professores e aprendizes. e nada se desperdiça, nenhuma lágrima, nenhum riso, nenhuma vida, por curta que seja.

tudo o que se fala sobre o amor é teoria e distorção. nossa linguagem é a do grotesco, do feio, do trágico: só desta forma as fibras do coração vibram e a mente comprende. pena. o amor continue sendo um ilustre desconhecido, apesar de cantado aos quatro ventos. o Cristo sabia disso quando se ofereceu em sacrifício no Calvário, ele sabia que seu sangue derramnado seria o perfeito porta-voz de sua mensagem para as gerações futuras. se tivesse vivido noventa anos, casado, tido filhos e criado cabras calmamente até o fim de sua vida, muito provavelmente não passaria de uma simpática figura histórica pouco importante - ou até mesmo de uma lenda. é uma pena que não enxerguemos as coisas com olhos de ver.

eu gosto de pensar no pequeno João Hélio como um desses espíritos que de vez em quando vêm à matéria nos mostrar coisas, fazer com que nossos corações acordem para certas verdades. sacrificam-se em prol de um objetivo maior. pois não é possível que o ocorrido se torne apenas mais um na lista dos inúmeros casos de barbarismo que vêm ocorrendo no Rio nos últimos anos. não é possível que a população e os governos continuem em seu estado letárgico, apenas se acomodando, buscando pequenos paliativos enquanto o mal cria raízes cada vez mais fortes. se este alerta não for aproveitado, não sei mais o que poderá ser.

segundo email enviado pela minha querida Hel, uma campanha iniciada a partir de matéria da revista Veja abriu espaço para reflexão e ação. e vale a pena uma visita ao site euvoufazeralgo.com.br para saber como contribuir através de pequenas ações. hora de deixar o egoísmo de lado e pensar mais no que temos feito pela sociedade da qual fazemos parte, pois todos nós pagamos o preço.

[inverno 06]

[inverno 06]

[inverno 06]

[inverno 06]

o tempo continua curtinho, curtinho. eu não imaginava que dar uma mamadeira levasse pelo menos uma hora. que trocar uma fralda muitas vezes significasse ter que trocar todas as roupas do bebê porque ele fez xixi no exato instante em que você removeu a fralda suja, molhando as roupas e os lençóis.

eu até imaginava que teria que passar vários dias à base de feijão enlatado e ovo frito porque não conseguiria preparar uma refeição mais elaborada, mas não imaginava que tomar uma simples chuveirada fosse me dar tanto trabalho.

já se passaram dois meses e, apesar da parte dura da história, eu tô cheia de orgulho porque todo mundo elogia o meu trabalho de mãe, porque ela está linda e super saudável e eu tive que aprender tudo na marra, sozinha e praticamente sem ajuda. não recomendo ter filho longe da família, de quem possa ao menos te preparar uma refeição decente de vez em quando ou cuidar do bebê enquanto você tira uma soneca, mas que é um grande aprendizado, isso é.

tinha um bocado de coisa prá falar, mas o tempo... também estou louca prá voltar a produzir. eu tenho contrato com uma empresa daqui que produz artigos com imagens de fantasy artists, e eles já começaram a requisitar novos trabalhos. também preciso terminar um livrinho que estou produzindo com meu marido, que só depende de mim prá ficar pronto. queria mudar o visual do blog. queria responder uns emails. tanta coisa...

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