aqui na América, assim que o Thanksgiving Day se vai, os preparativos para o Natal começam num ritmo frenético. a tv inunda a sala com aqueles filmecos de Natal que eu odeio, 99% dos comerciais de tv vêm com uma hedionda trilha sonora natalina e eu constato com um certo vazio o quanto continuo indiferente à tudo isso . sempre tive sentimentos ambíguos em relação ao Natal. não compartilho da euforia geral, e o consumismo sem sentido e a onda de caridade de fim de ano - como se os pobres só aparecessem em época de Natal - me irritam. mas por outro lado, fico contente que haja, ao menos uma vez por ano, um tempo em que as pessoas pensem um pouco nos outros, um tempo de trocar e confraternizar.

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e desde o Thanksgiving não paro de comer besteira. a oferta de coisinhas que acalentam o espírito, como tortas, cookies e eggnog com whisky é mais forte do que se pode resistir. já engordei 1 quilo e meio nessa brincadeira. o que me faz mais uma no rol dos que incluem uma bela dieta em sua lista de ano novo. e eu, que estava tão contente por conseguir caber em um dos meus jeans pré-gravidez...

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eu sinto falta do fim de ano do Brasil, mesmo com o calorão. sinto falta de música alta, dos fogos e gente aparecendo em sua casa depois da meia noite prá filar um copo de vinho. é verdade que por aqui o Natal é mais "família" e tranquilo, coisa que muito me agrada, mas que também faz a melancolia da data parecer maior.

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meu marido, que adora decoração de Natal, fez planos de ter uma árvore natural na sala esse ano. não deu certo: além de não ter conseguido um suporte adequado para a árvore, descobriu-se alérgico. acabou comprando uma artificial, de ramos bem fininhos, e se divertiu recheando-a com os milhares de enfeites from Germany adquiridos nos últimos dez anos. o resultado foi uma árvore não-convencional, e você pode passar horas olhando para ela e descobrindo detalhes diferentes. pena não ter uma câmera que faça justiça, mas dá prá ter uma idéia do delicioso caos:








meu amor, daqui a dois dias é seu aniversário, o seu primeiro. estou tão feliz e orgulhosa, maravilhada e agradecida pelo divino presente que é ter você aqui comigo. obrigada por ter me escolhido para te receber nessa Terra, obrigada por me dar a oportunidade de compartilhar do trabalho da criação, obrigada pelo seu sorriso todas as manhãs, que reforça ainda mais a minha crença de que este mundo tem jeito, sim.

sei que ainda tenho muito o que fazer, muito para aprender, mas o caminho não me assusta. tenho procurado fazer o meu melhor, mesmo pensando se não poderia fazer mais, mas acho que isso é coisa de mãe mesmo. sei que você tem crescido feliz, esperta, risonha, o que indica que talvez eu esteja no caminho certo. só peço a Deus e às entidades de luz que estejam sempre a meu lado, intuindo-me sobre o caminho correto a seguir.

você está quase andando sozinha, agora. falta muito pouco, e estou ansiosa pelo momento em que vou te ver se movendo sem minha ajuda. você também repete o que falamos, do seu jeito, é claro, e já mostra que tem personalidade forte, e até uma certa rebeldia - o que muito me orgulha, a propósito. não se esqueça nunca de que são os rebeldes que giram as rodas do mundo - os rebeldes e os que sonham. não se envergonhe nem se omita por ter suas próprias opiniões e seus sonhos.

ao contrário de muitos pais, que planejam e sonham coisas para seus filhos, eu não tenho coisas planejadas para você. não sonho com uma artista em casa, ou com uma band leader, uma beauty queen, uma psicóloga ou o que quer que seja. quero apenas que você seja uma pessoa honesta, verdadeira, que se preocupe com seus semelhantes e seu mundo, que aprenda a doar o que tem de bom e a ver o mundo como um lugar pleno de possibilidades, onde ser preto, branco, americano, brasileiro ou paquistanês não signica muita coisa além de meras definições numa certidão de nascimento. é claro que vou te ensinar o que sei. vou te ensinar a ler os símbolos, as estrelas, te contar como a natureza funciona e como Deus conversa conosco. e se um dia você decidir que tudo isso é uma grande bobagem, também não tem problema. mas isso tudo é assunto pro futuro - porque por enquanto eu não quero mais do que ver você comendo as suas refeições direitinho e sentir os seus bracinhos me agarrando.

feliz aniversário, meu duendezinho.



PS.: essa música tão linda, de uma banda que eu adoro chamada Chandeen, ouvi muito nos dias que antecederam a minha vinda para cá. foi uma coisa meio profética, acho. a letra é muito simples, mas é tão você... I hope you enjoy life today, and I know you will enjoy é tão sagitariano, é tudo o que eu mais vejo em você. sem contar o próprio título da canção, Fire and Water: exatamente os elementos que te regem. o amor e a compaixão da água, a coragem e força do fogo. essa é você, Isobel.

everything will be on your side
humans and animals, flowers and trees,
fire and water.


esta semana, navegando pelo MySpace, mui fortuitamente encontrei a página da artista americana Marie White. Marie é a criadora do Mary-el Tarot, um deck absolutamente lindo, riquíssmo, e muito, muito bem planejado em seus mínimos detalhes.em seu site, Marie explica o simbolismo de cada carta de acordo com sua concepção, e prova não ser apenas uma artista de grande sensibilidade e talento, mas uma verdadeira - e rara - visionária. virei fã da Marie automaticamente e adicionei-a na minha lista de amigos. tenho visto muitos baralhos de simbolismo pobre, onde o artista visivelmente não se preocupou em estudar as cartas e desenvolvê-las com o devido cuidado; o Mary-el Tarot é um achado, portanto. agora aguardo a publicação do deck.

acabo de assistir a um filme chamado "Minha vida sem mim". fiquei com um peso no coração.

uma pessoa que já morreu de repente estava lá de novo, e se confundiu comigo, e até esse momento tenho tentado fugir.


fui selecionada como "Artist of the Day" da Elfwood, galeria online de fantasy art. por isso, hoje estou lá em destaque na primeira página do site.

a Elfwood é uma das únicas galerias da web que não baniu meus desenhos por causa dos peitinhos. e olha que eles tem um massivo fluxo de crianças e adolescentes visitando o site.

estou triste. a Cecília, nossa única árvore, vai ter que ser derrubada daqui a umas duas semanas. uma parte dela está fissurada, podendo cair na propriedade vizinha e fazer um estrago de proporções consideráveis. e se apenas a parte fissurada for cortada, o restante não será forte o suficiente para resistir. o que pode significar uma rua inteira sem luz e telefone num dia de vento forte.

vai ser duro olhar para fora e não ver mais os galhos e folhas que me dão tanta sensação de acolhimento e conforto. não ter mais onde procurar ninhos de passarinhos na primavera.

a casa onde vivemos é antiga. foi comprada no fim dos anos 80 por meu marido e sua primeira esposa, e tinha, na época, mais umas três árvores no quintal. só que o ex-sogro-babaca do meu marido não gostava de árvores e tomou a decisão arbitrária de derrubar as coitadas. prá mim, matar árvore é mais ou menos como matar gente. não sei como a Cecília sobreviveu. talvez por ter um espírito forte, sabe-se lá.

já tínhamos planos de plantar novas árvores, e devemos fazer isso quem sabe na próxima primavera. pois algo precisa ser feito para superar a sensação de desolamento que a velha Cecilia deixará quando se for.

Cecilia the tree[inverno 06]spring07_tree2


a um tempo atrás eu costumava ser muito radical a respeito desse assunto. a questão do aborto, ou qualquer outra que diga respeito à crianças e seus direitos sempre me tocaram muito profundamente. costumava criticar ferozmente qualquer postura pro-aborto. hoje, mesmo continuando radicalmente contra, prefiro analisar a coisa sob outros ângulos. prefiro a solidariedade antes de apontar o dedo acusador para alguém que viveu uma experiência da qual eu não tenho a menor idéia.

eu não gostaria de estar na pele da mulher que engravida sem condições de levar a gestação adiante por motivos justos. posso imaginar o desespero de quem não sabe se amanhã haverá comida na mesa para si próprio constatando que vem chegando outra boquinha para alimentar. também não quero estar na pele da mulher que, apesar do coração gritar não, foi forçada pelas circunstâncias, sejam elas quais forem, a arrancar o filhinho do ventre, e que fica com aquela marca a vida inteira, doendo fundo. tenho profundo respeito e solidariedade a essas mulheres e às suas dores que nós não sabemos.

acredito que a postura frente ao aborto depende muito do ponto de vista de cada um em relação à vida, de filosofias e de crenças. uma pessoa cuja visão de vida seja essencialmente materialista vai ser totalmente a favor. que não há o menor problema em se extirpar o que se considera ser apenas uma massa de células sem sensibilidade. como eu não entendo um embrião como uma massa de células sem sensibilidade, mas como o germen do que em pouco tempo será um ser humano, e com um espírito já ligado a ele desde a concepção, aborto para mim, é matar, é negar à outra pessoa o direto à vida. eu aprendi que é preciso amar o meu próximo. e por amar eu entendo, entre outras coisas, não matar.

mas, como eu disse, tudo é uma questão de filosofia de vida. não saberemos quem está certo a não ser que a ciência avance até provar que o embrião é só um embrião, ou é algo mais complexo. enquanto isso, mesmo tendo cá as minhas certezas, fico com o "não matarás".

sobre a legalização do aborto, não tenho uma opinião formada, já que acredito que cada pessoa tem o direito de fazer o que quiser de sua vida. é para isso que existe o livre-arbítrio, e não vou entrar aqui no mérito de seu bom ou mal uso. no entanto, cada vez mais acredito ser uma tremenda barca furada. pode ter até o seu lado bom, que é o de encerrar muita atividade criminosa, fechando clínicas clandestinas e prendendo um bocado de gente "boa", mas também existe o perigo de ser transformado em método contraceptivo e eximir de vez o estado e a família de suas responsabilidades. me dá medo, parece método eugênico, coisa de nazista, sabe. vai trazer problemas? vai lá e mata. simples assim. afinal, é o Brasil. então tá. aborto vira a única alternativa para a mulher pobre e ignorante que engravida sem querer. violência para remediar outra violência, que é a do Estado contra seus cidadãos. uma vergonha.

quisera que a energia e a grana investida nas campanhas pró-aborto fossem utilizadas para um outro tipo de campanha, a do respeito à mulher que engravida sem querer e ao seu filhinho, reinvindicando-lhes auxílio material e psicológico. à conscientização de que o corpo e as funções reprodutivas precisam ser respeitados e assegurados.

e sobre o discursinho esfarrapado e pseudo-liberal do "a mulher tem o direito sobre seu próprio corpo", acho que é egoísta e fútil. sem contar que vem arrastando uma massa de menininhas ainda inexperientes, cabecinhas cheias de "cultura de internet", que passam a acreditar que são muito "in", espertas e liberadas por defender a idéia de que ser mulher de verdade é ter direito ao sexo livre, totalmente isentas de responsabilidade. e de amor. coisa perigosa, essa.

gravidez é coisa muito séria, e não pode ser vista como algo que se pode ficar livre num abrir e piscar de olhos, como se fosse uma roupa que se pode devolver prá loja depois de comprada. não, meu coração não consegue ser solidário com quem acha que fazer aborto por conveniência é legal e aceitável, sorry.

...

hoje, dia das crianças no Brasil, a primeira coisa que fiz assim que minha filha abriu os olhos, pela manhã, foi enchè-la de beijos e agradecê-la por ter entrado na minha vida. mesmo tendo chegado sem planejamento, num momento difícil, de recomeço e reconstrução, eu digo que valeu a pena. ela foi a inspiração que eu precisava para mudar minha vida, para correr atrás do que eu realmente quero, para ser uma pessoa melhor e diferente. e essa inspiração, força e amor que desejo à todas as mulheres que se encontram na difícil situação de terem engravidado na hora "errada"... acreditem, não existe a hora errada. não existem dificuldades onde sobra amor.

Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

Mario Quintana - Espelho Mágico

eu...

copiei esse meme da Denise a uns meses atrás, respondi e acabei não publicando. e como estou me sentindo muito à-toa nesse momento, adorando o templatezinho novo e doida prá postar algo, lá vai...

Eu quero...
sair prá dançar! NOW! ou ir a um barzinho com gente bacana e que toque um rock'n'roll.

Eu tenho... um orgulho fdp. queria ser um pouco mais sem-vergonha, garanto que seria muito mais feliz.

Eu acho... que vou ter mais um filho daqui a uns anos.

Eu odeio... falta de autenticidade, gente que segue um tipo de comportamento só prá se encaixar. também odeio cozinhar. e odeio música baiana.

Eu sinto... no momento, uma dor nas costas dos diabos.

Eu escuto... Dead Can Dance e Belle & Sebastian.

Eu cheiro... produto de limpeza. ando fazendo faxina na casa desde ontem.

Eu imploro... por nada.

Eu arrependo-me... de não ter feito várias coisas por pudor ou vergonha, mesmo alguns pecadinhos.

Eu amo... o lugar onde moro. ter paz não tem preço.

Eu sinto dor... quando carrego peso ou fico muito tempo em pé (por causa da lombalgia e escoliose).

Eu sinto falta...
de aipim, da casa do meu pai, da cerveja regada à violão com meus amigos.

Eu importo-me... com absolutamente qualquer pessoa que sofra, seja conhecida ou não.

Eu sempre... penso demais.

Eu não fico feliz... quando percebo que não consigo desencanar com certas coisas.

Eu acredito... em ovnis, duendes, fadas, vida após a morte, esse tipo de coisa, sabe. é sério.

Eu danço... sozinha, na sala, quando quero exorcizar uns fantasmas.

Eu canto... numa banda, o Marble Flowers Garden. o trabalho parou porque eu vim prá América, mas está só engavetado.

Eu choro... até com comercial de margarina.

Eu falho... em responder emails na velocidade que gostaria.

Eu luto... prá me tornar uma pessoa mais bacana.

Eu escrevo... um bocado de coisa. tenho um romance não editado e mil projetos.

Eu ganho... cada sorriso enorme da minha filha. daqueles que dizem escancaradamente "ah, que bom que você está aqui!"

Eu perco... tudo. sou enroladíssima e atrapalhada.

Eu nunca digo... "bem feito", "dane-se", ou outras coisas destrutivas dirigidas às pessoas. nem pelas costas, nem em pensamento.

Eu confundo-me...
comigo mesma. quando preciso procurar lugares em cidades grandes. com as palavras, por ter o pensamento mais rápido que a língua.

Eu estou... sempre cheia de idéias.

Eu sou... uma pessoa feliz. não realizada, mas feliz.

Eu fico feliz... quando um trabalho tá saindo do jeito que eu queria.

Eu tenho esperança...
de que o mundo encontre um caminho.

Eu preciso... dormir uma noite direto, pelo menos 8 horas sem interrupções.

Eu não consigo... fazer coisas que eu não esteja a fim. enganar. passar por cima de alguém para conseguir algo.

Eu deveria... ser mais organizada e menos lerda. ouvir mais a minha intuição. estudar mais tarot. voltar a fazer yoga.

updates

mudança temporária de template. preciso de um header decente e um background meu. esse aqui saiu desse site, achei que tem a ver com o meu momento atual, pelo vermelho e essas folhas em forma de coração.

sim, ando me sentindo bem viva ultimamente.

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e o Facebook é mil vezes mais bacana e civilizado que o Orkut, aquele grande cortiço virtual. o pior é que estar fora do Orkut deixa uma sensação de estar desconectado das pessoas, que, parece, agora só se falam através daquilo.

a exposição foi boa; não perfeita, nem o que eu esperava, mas valeu a pena, mesmo assim. mesmo que as vendas não tenham sido lá grande coisa (nem eu esperei que fossem, e aliás nem era essa a minha intenção) deu prá ficar um pouco mais conhecida fora da net e ver ao vivo as reações das pessoas ao se depararem frente a frente com meus rabiscos. beautiful.


Lexington Pagan Pride DayLexington Pagan Pride Day
Lexington Pagan Pride DayLexington Pagan Pride Day

o evento foi sensacional. mesmo que não tenha dado prá interagir muito, ou participar de workshops, saí de lá energizada. fantásticos, o lugar e as pessoas. a Belle também se divertiu. ano que vem estarei lá novamente, não só como artista como também como parte da equipe organizadora - e, se meu inglês deixar, liderando um workshop de astro. e eu tenho um problema crônico de não tirar fotos quando devo.

Lexington Pagan Pride DayLexington Pagan Pride Day


eu quero morar em Lexington.


dia 22 eu exponho no evento de comemoração do Pagan Pride Day , em Lexington - cidade na qual tenho ambicionado morar ultimamente. é a primeira vez que exponho meus desenhos, já que no Brasil eu não cheguei a trabalhar formalmente com ilustração.

estou aqui às voltas com molduras e matting boards, aprendendo. jamais pensei em expôr, já que meu trabalho não é especialmente direcionado para esse fim, mas já que a oportunidade surgiu, justamente num evento tudo a ver, porquê não aproveitar?

não sou propriamente pagã, apesar de ter praticado wicca por 2 anos, sozinha e em coven, uma época que me deixou muitas saudades. me sinto em casa com o paganismo, muitos dos meus temas são pagãos, mas na verdade prefiro não me rotular. minhas crenças pessoais são uma miscelânea de várias coisas com as quais me sinto feliz e que funcionam muito bem para minha vida.

vai ter Pagan Pride Day no Brasil também: em São Paulo, Rio e Porto Alegre.

foram 50 dias no Brasil, 50 dias que mudaram muita coisa. não consegui realizar muitas das minhas pendências burocráticas, nem vi todas as pessoas que quis, nem fui à festa que queria. mas ri, comi feijoada e bolo de aipim, descobri lados das pessoas que não havia reparado antes, e amei. muito e em silêncio, como é bem típico de mim.

ainda estou em estado de choque emocional, num banzo que nunca havia sentido. mas é preciso tocar a vida. tenho menos de um mês prá organizar uma exposição, casa e filha prá cuidar, os malabarismos típicos das mulheres, enfim. afinal, quem viaja com um bebê hiper-ativo de oito meses de idade, em 3 vôos, por 16 horas seguidas, consegue fazer qualquer coisa.

...deveria ser o título desse blog, já que tenho vindo aqui mui raramente, limpo as teias de aranha, dou uma desculpa e desapareço. mas a verdade é que nos últimos meses não tenho tido lá muito ânimo prá escrever, apesar de ter assunto. não vou fechar o blog, mas vou esperar uma fase mais fértil. o que não quer dizer que não possa aparecer por aqui se aparecer uma inspiraçãozinha de última hora.

por hora, vou ali tirar umas férias e já volto.



...todas aquelas que perceberam que o verdadeiro poder do feminino consiste em deixar fluir o sopro da criação divina dentro de si mesmas, aprendendo o amor em sua forma mais sublime.

Feliz Dia das Mães.

ando bem sumida porque o tempo prá escrever é pouquinho. são raros os momentos para mim mesma, em que posso me dar ao luxo de fazer coisas outras que não cuidar de criança. até que vou tentando, mas nem sempre dá. fica difícil relaxar e manter a concentração. desenhar então, tem sido um problema. fui convidada prá expôr e preciso produzir umas coisas novas. tinha estabelecido uma meta de duas horas diárias (olha que é pouquíssimo), mas nem isso tô conseguindo. vida de mãe é dura, viu (mas é uma delícia se emocionar com qualquer mensagenzinha besta de Dia das Mães, ah, se é...).

prá piorar baguncei o template e tive que colocar esse genérico aí. sumiram os links pros meus blogs favoritos e o banner do Flickr. dou um jeito depois. mesmo que esse depois signifique daqui a mais uns dois meses.

e Feliz Dia das Mães prá nós!

anjos

como espiritualista, não acredito na morte. morte no sentido de aniquilamento, fim, vazio. para mim, tudo no universo é dinâmico, tudo é vida, transformação, movimento. não vejo sentido em tanta perfeição e beleza nos seres humanos e no universo se o único propósito é o fim irremediável.

acredito que a existência material é só uma gota na vastidão oceânica da vida. mas ficamos tão embotados, tão iludidos por esse momento que esquecemos que há muito mais a descobrir e fazer, que nos limitamos ao papel de carcaças ambulantes que falam e andam. que desperdício: somos tão mais especiais, somos eternos. não nos damos conta de que nosso compromisso é com a felicidade e só cabe a nós avançar ou entravar essa marcha. nesse caminhar, somos professores e aprendizes. e nada se desperdiça, nenhuma lágrima, nenhum riso, nenhuma vida, por curta que seja.

tudo o que se fala sobre o amor é teoria e distorção. nossa linguagem é a do grotesco, do feio, do trágico: só desta forma as fibras do coração vibram e a mente comprende. pena. o amor continue sendo um ilustre desconhecido, apesar de cantado aos quatro ventos. o Cristo sabia disso quando se ofereceu em sacrifício no Calvário, ele sabia que seu sangue derramnado seria o perfeito porta-voz de sua mensagem para as gerações futuras. se tivesse vivido noventa anos, casado, tido filhos e criado cabras calmamente até o fim de sua vida, muito provavelmente não passaria de uma simpática figura histórica pouco importante - ou até mesmo de uma lenda. é uma pena que não enxerguemos as coisas com olhos de ver.

eu gosto de pensar no pequeno João Hélio como um desses espíritos que de vez em quando vêm à matéria nos mostrar coisas, fazer com que nossos corações acordem para certas verdades. sacrificam-se em prol de um objetivo maior. pois não é possível que o ocorrido se torne apenas mais um na lista dos inúmeros casos de barbarismo que vêm ocorrendo no Rio nos últimos anos. não é possível que a população e os governos continuem em seu estado letárgico, apenas se acomodando, buscando pequenos paliativos enquanto o mal cria raízes cada vez mais fortes. se este alerta não for aproveitado, não sei mais o que poderá ser.

segundo email enviado pela minha querida Hel, uma campanha iniciada a partir de matéria da revista Veja abriu espaço para reflexão e ação. e vale a pena uma visita ao site euvoufazeralgo.com.br para saber como contribuir através de pequenas ações. hora de deixar o egoísmo de lado e pensar mais no que temos feito pela sociedade da qual fazemos parte, pois todos nós pagamos o preço.

[inverno 06]

[inverno 06]

[inverno 06]

[inverno 06]

o tempo continua curtinho, curtinho. eu não imaginava que dar uma mamadeira levasse pelo menos uma hora. que trocar uma fralda muitas vezes significasse ter que trocar todas as roupas do bebê porque ele fez xixi no exato instante em que você removeu a fralda suja, molhando as roupas e os lençóis.

eu até imaginava que teria que passar vários dias à base de feijão enlatado e ovo frito porque não conseguiria preparar uma refeição mais elaborada, mas não imaginava que tomar uma simples chuveirada fosse me dar tanto trabalho.

já se passaram dois meses e, apesar da parte dura da história, eu tô cheia de orgulho porque todo mundo elogia o meu trabalho de mãe, porque ela está linda e super saudável e eu tive que aprender tudo na marra, sozinha e praticamente sem ajuda. não recomendo ter filho longe da família, de quem possa ao menos te preparar uma refeição decente de vez em quando ou cuidar do bebê enquanto você tira uma soneca, mas que é um grande aprendizado, isso é.

tinha um bocado de coisa prá falar, mas o tempo... também estou louca prá voltar a produzir. eu tenho contrato com uma empresa daqui que produz artigos com imagens de fantasy artists, e eles já começaram a requisitar novos trabalhos. também preciso terminar um livrinho que estou produzindo com meu marido, que só depende de mim prá ficar pronto. queria mudar o visual do blog. queria responder uns emails. tanta coisa...

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