sempre tive pavor de tempestades. gosto muito de chuva, muito mesmo, mas trovoadas, relâmpagos e ventania me dão vontade de me enfiar no buraco mais próximo e ficar lá bem quietinha até tudo passar.

ontem sabíamos que chegaria uma bruta tempestade à noite, mas eu não esperava ser acordada pelo alarme de tornado da comunidade à uma da manhã. pulei da cama com o coração na boca, e olhei pela janela. as árvores de caule mais frágil estavam envergadas num ângulo de quase 45 graus. haviam coisas voando, e o céu tinha uma coloração de filme de terror. de repente, apagaram-se as luzes lá de fora. entre pensamentos de "e agora?" e "eu quero voltar pro Brasil", já me preparava para agarrar minha filha (que não fora acordada pelo zunido ensurdecedor do alarme) e carregar para o lugar mais seguro da casa - o banheiro, segundo meu marido. fui para sala e liguei a tv. havia uma faixa vermelha no canal do tempo dizendo "procure abrigo agora!", mas também um aviso de tornado que não era, para nós felizmente, para essa região. a tempestade estava se deslocando para o norte, e em dentro de quinze minutos pude ir para a cama mais tranquila e pegar no sono.

hoje pela manhã, lá fora, haviam árvores partidas, pedaços do telhado e galhos por todos os cantos, e as vidraças do back porch - espécie de varanda com paredes e vidraças que as casas daqui possuem na parte dos fundos - haviam se estilhaçado e estavam espalhadas pelo chão.

foi só um susto, e bem dado - e no, thanks, eu não quero saber como é a coisa de verdade.

2 falas:

meu, que horror.
paniquei aqui só de ler.

5:47 PM  

foi brabo mesmo, outra dessas e eu volto pro Brasil correndo.

5:09 PM  

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