ando tentando atualizar isso aqui a dias, e falhando miseravelmente. assunto para falar às vezes não falta, o problema é a procrastinação. umas das minhas doenças crônicas, diga-se de passagem.

mas como a vários dias o assunto "Plutão" tem rendido, principalmente nos círculos astrológicos, do qual eu faço parte de forma velada, melhor escrever sobre antes que esgote e vire assunto velho.

prá começo de conversa, é necessário dizer que os mapas astrais por aí continuarão os mesmos, cada qual com seus devidos Plutões. não são algumas dúzias de cientistas que determinam como a astrologia funciona, pobres deles. primeiro que a astrologia trabalha com símbolos, arquétipos, não com as tais "influências" planetárias. é algo mais transcendente. Plutão não sumiu do sistema, ele continua lá firme e forte, já se foram décadas de estudo e observação de seus sinais no nosso comportamento aqui embaixo.

e depois, Sol e Lua não são planetas, mas são usados em astrologia e têm uma força enorme. mais fraquinhos, mas também usados por muitos astrólogos, são alguns asteróides, dentre os quais Quíron é o mais célebre. não os uso por achar que ainda não foram suficiente estudados, mas deve fazer sentido prá quem usa. afinal, astrologia não é receita de bolo; apesar de ter sua técnica, tem muito de arte, e cada um usa os instrumentos que melhor lhe convém.

enquanto tivermos infernos, porões escuros e sombras na alma, Plutão estará lá. enquanto tivermos medos inconfessos e tesouros enterrados, desejo de poder e pulsão de morte. enquanto houver transmutação, enquanto precisarmos de grandes perdas para nos descobrirmos um pouco mais seres humanos. tudo isso é meio assustador, mas é parte do que somos. não pode haver crescimento interior enquanto banirmos nossos Plutões particulares de nosso microcosmo, ou fingirmos que ele não está mais lá, que é só um planeta-anão e perdeu a importância.

eu paricularmente, sou uma grande fã de Plutão. vivo inteiramente a minha lua escorpiana, com todos os tormentos e poderes que ela me traz, e tenho uma capacidade de regeneração que apenas o deus das profundezas poderia me presentear. engraçado que às vezes só me dou conta disso quando ouço alguém elogiar minha coragem em fazer certas coisas, ou sobreviver a certas coisas. fácil não é, mas talvez a consciência do quanto é necessário morrer de vez em quando me impulsione. que Plutão seja louvado.

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